Cassiane fala sobre o seu ministério
A cantora abordou a amizade entre pais e filhos, como a igreja se adaptou em meio à pandemia do novo coronavírus e também sobre novos trabalhos.
Cassiane, há quanto tempo você ficou à frente da ADAlpha? O que mudou de lá para cá?
Ela começou em dezembro de 2013 (até final 2020). Mudou tudo! A igreja começou tinha cinco pessoas: o Jairo pregando, eu cantando e meus três filhos que tiravam a oferta de mim e dele (risos). Hoje mudou porque a igreja cresceu, está com 2800 membros. E olha que, quando a gente foi para lá, muita gente até do local falava mal. Que essa terra era bem difícil, terra que mata igreja, que mata pastor. Mas como foi um mandado de Deus e o Jairo cria muito nisso, ele no mesmo dia falou: “se é terra seca, eu estou profetizando que a água chegou”. E olha a bênção: hoje a igreja tem quase 3 mil membros. E a gente está muito feliz com o que Deus tem realizado.
E quais foram as adaptações que a igreja teve que fazer nesta pandemia?
Santa Ceia a gente fazia drive-thru, você acredita? Todo mês tem e a gente faz duas vezes porque tem muita gente que não consegue pegar o kit naquele dia. Mas então toda a equipe ministerial preparava os kits dos elementos da Santa Ceia. 3 mil kits! A gente entregava de máscara e luva. No sábado a pessoa pegava o kit e ceiava com a gente através do culto online. Então a gente não perdeu essa comunhão. Realmente a gente está vivendo um novo normal. É uma frase totalmente atual. Nós nunca mais seremos os mesmos e nunca mais vamos viver da forma como a gente vivia antes. Todo mundo está aprendendo algo novo. Eu ministerialmente e socialmente, no dia a dia, e a gente acaba tendo que se adaptar a como viver e a como se comunicar. Acho que as igrejas tiveram que aprender muita coisa. Jairo e eu não sentimos muito diretamente por sermos já do meio artístico e por, para nós, falar com a câmera era fácil. Mas eu sei que muitos pastores sentiram muita dificuldade para se comunicar. Na ADAlpha o povo está com uma sede tão grande de voltar, de abraçar… Eu sou do tipo de pessoa que abraça. A gente sente falta mesmo! Eu estou pedindo a Deus que isso passe logo!
E seu relacionamento com o Jairo, como é? Além de um casal de pastores, vocês também são um casal de artistas. Como é a dinâmica de ser casada com um produtor musical?
O Jairo sempre separou assim: ele nunca levou problema da igreja para dentro de casa. Não é que ele deixou de ser pastor, mas se não separar também não vive. E muitos pastores morrem porque levam problemas da igreja para dentro de casa. E acabam com o relacionamento familiar. A gente leva isso bem a sério. Mas a gente é muito assim, se eu olho ele já sabe o que eu quero. Se ele olha eu já sei o que ele quer dizer. A gente se combina muito, vamos fazer 26 anos de casados. Ele me pediu em casamento com 10 anos de idade, gente, e eu disse sim! (risos) E aí ele disse que quando a gente crescesse a gente ia casar e foi realmente isso o que aconteceu. No nosso relacionamento não há apenas o sentimento amoroso. A gente se respeita e é muito amigo. Eu casei com meu melhor amigo.